A Última Bobina / Eu não / Cadeira de Embalar
Beckett (1906-1989) é incontornável, como Brecht. Nas peças aqui editadas pode ler-se como se filia num tipo de absurdo mais realista que outros realismos. Influenciado por James Joyce, de quem foi secretário, viveu a maior parte da sua vida em Paris. Em Dublin estudou no Trinity College. De formação protestante e conhecedor de latim, torna-se bilingue, escrevendo em francês e inglês, traduzindo as suas peças numa e noutra língua, recriando-as. Membro da Resistência, o seu teatro inventa, no palco convencional, uma cena que testemunha a vida a partir do seu fim. O seu teatro, testamentário, imobiliza as suas figuras num dispositivo que armadilha o jogo do actor, é de uma imobilidade activa. Dele disse Pinter em 54 : “Ele é o escritor mais corajoso e implacável que aí anda e quanto mais me esfrega o nariz na merda mais reconhecido lhe fico.” Foi prémio Nobel, em 1969.
Estas peças foram encenadas pelo Teatro da Rainha: A última bobina, em 2002, no sótão do Museu da Ciência e da Técnica em Coimbra; Eu não e Cadeira de embalar, como parte do espectáculo Dramatículos 2, em finais de 2015.
Traduções de Isabel Lopes a partir das versões francesas do autor.
ISBN | 978-989-8828-83-5 |
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Edição ou reimpressão | 2019 |
Encadernação | Capa mole |
Páginas | 56 |
Autor: |
Samuel Beckett |
Editora: |
Companhia das Ilhas |